segunda-feira, 9 de abril de 2012

Bonnie e Clyde

Essa quem contava era o Sandro. Ele jogava botão com a gente lá em Alegrete.
Dois caras (não sei o nome deles, sinceramente) bebiam na praça Getúlio Vargas. A cerveja acabou e os dois incautos tentaram conseguir bebida fiado em um trailler, ou como se diz em Alegrete, num carro lanche. Nada feito. O atendente do local negou a regalia.

Já pra lá de Bagdá, os caras fizeram a volta, entraram pela porta do trailler, deram uma garrafada no atendente e levaram uma garrafa de uísque – que devia ser o mais bagaceiro pra ser vendido no local.

O atendente chamou a polícia. Os manchurianos, como diria a bagulada lá do Alegrete, entraram praça adentro atrás dos guris. E os acharam facilmente: um currando o outro encostadinhos em uma árvore. Os “namorados” foram presos na hora.

Um dos jornais da cidade divulgava todas as ocorrências policiais. E como não poderia deixar de ser publicou esta, inclusive com detalhes da prisão e da cena de amor dos dois pombinhos.

O Sandro morava na Andradas e era vizinho de um dos rapazes. No mesmo dia da publicação, a mãe dele foi de casa em casa da vizinhança com o jornal na mão dizendo que era mentira. Não o roubo, mas sim a cena de amor. Ou seja, quem não tinha lido acabou sabendo do acontecido.

E a pobre senhora ainda foi contar para o Sandro, o maior fofoqueiro de Alegrete.

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