segunda-feira, 2 de abril de 2012

Morena deliciosa

Michele é uma morena de fechar o comércio, como diriam os mais antigos. Sempre a olhei com todo o respeito, pois era namorada de um amigo meu: o Fabiano. Filha de um treinador de fama razoável no RS e com passagem por um grande da dupla grenal, a moça era fanática por futebol e cerveja. Quer coisa melhor.

Depois da separação dos dois, vi algumas vezes a Michele na rua, mas ela não me cumprimentava. Me ignorava solenemente, como todas as gostosas devem fazer com caras como eu. No fundo, eu dava total razão para a morena.

A Michele tem uma irmã e um irmão. A irmã, reza a lenda, suingueira de primeira qualidade. Adorava ir no sofazão com o namorado e pegar minas e caras. Se bobeasse pegava animais e plantas carnívoras também. O Serguei ia gostar dela com certeza.
O irmão da Michele trabalha com uma amiga minha em uma secretaria e até onde eu sei tem um comportamento tradicional de funcionário público, ou seja, não fede nem cheira.

Um dia, estava eu tomando uma cerveja no Pinacoteca com três amigos. Na mesa ao lado, duas amigas minhas. Uma com o namorado e a outra sozinha. Elas resolveram sair pra balada e me convidaram. Um dos meus amigos, casado, declinou do convite, mas os outros dois toparam e fomos dar a tradicional esticadinha.

Com 30 minutos de festa, minha amiga e o namorado foram embora. A outra minha amiga é intocável, pois namora um grande camarada meu que estava viajando no dia. Pensei: essa festa não vai dar em nada. Mas eis que surge a Michele do nada.

Ela se dá muito bem com essa amiga minha e ficou na roda com a gente. A tiracolo trazia uma colega de trabalho. Bem interessante, mas muito alta pra mim, como quase todo o mundo é.

Fiquei de papo com essa colega da Michele. Ela tava triste - tinha brigado com o namorado e estava confusa. Por que confusa? Acontece que as duas tavam bebendo há horas e havia rolado dois selinhos e um beijo mais acalorado entre ambas. “Nunca tinha beijado uma mulher quanto mais uma amiga”, não parava de repetir a donzela.

A Michele, pelo que eu saquei, tava acostumada com a situação e não demonstrava nenhum tipo de constrangimento ou vergonha, ou seja, mulheres lhe agradavam tanto quanto homens.

A colega da Michele começou a se interessar por um dos meus amigos, o Rodrigo. Ele é casado e ficou meio assim, mas o lance das duas minas dando selinho na nossa frente tava enlouquecendo o rapaz.

Lá pelas tantas a colega da Michele foi em direção a morena e tascou um beijo cinematográfico par a toda a festa ver e curtir. Meu pau bateu no queixo neste momento de tanta excitação.

Após o ato, a menina se reprimiu. Despediu-se de todos rapidamente e sumiu da festa. A Michele ficou ali, impávida. Rebolando aquela bunda gostosa e libidinosa para todos os homens da festa.

Nada mais aconteceu naquela noite.

Meses depois encontrei a minha amiga, a Carla, que trabalha com o irmão da Michele. Contei a história pra ela. A resposta foi “nossa, que família”.
E eu como assim, o irmão dela é um santo, tu mesmo dizia isso, Carla?.

Que nada, Cristian, sabe com quem ele está transando atualmente? Disse ela.

Após um breve silêncio, ela revelou.

Com a própria madrasta. O pai dele tá muito doente e o “fulano” acabou cedendo as investidas da madrasta que já passa da casa dos 60 anos.

Eu fiquei perplexo, mas animado. Famílias assim não existem apenas em histórias. Elas existem na vida real também, pra minha alegria.

Fatos baseado em uma história real

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